A polêmica envolvendo o Facebook e a empresa Cambridge Analytica, que supostamente usou dados coletados na rede social para influenciar as últimas eleições presidenciais nos EUA, tem mais uma nova voz de protesto. No caso, uma que já ganhou bilhões da maior rede social do mundo. Trata-se de Brian Acton, o cofundador do WhatsApp, que deixou a empresa no ano passado.
Durante a noite desta terça-feira (20), Acton, que vendeu o WhatsApp para a companhia por US$ 19 bilhões, tuitou:
O que está em jogo
No fim da semana passada, foi descoberto que uma empresa britânica chamada Cambridge Analytica usou dados de forma ilegal. Tudo começou com um app do Facebook chamado “thisisyourdigitallife”, que foi legalmente baixado 270 mil vezes. Com ele, foram obtidos, em 2015, dados de 50 milhões de usuários que, em tese, seriam usados para melhorar a experiência dentro do app.
A Cambridge Analytica, então, obteve esses dados, que, lembrem-se, tinham como propósito aperfeiçoar um aplicativo, e supostamente os usou em campanhas políticas.
A questão com o Facebook, no caso, é que a rede supostamente pediu para as pessoas que obtiveram esse dados que os apagassem em 2015. Porém, aparentemente, a rede não verificou se as informações tinham sido deletadas.
Com a iminência da publicação de matérias no New York Times e no Guardian, o Facebook, então, baniu a empresa Cambridge Analytica e informou que iria investigá-la.
Pelo fato de toda a polêmica e a possibilidade de campanhas políticas, tanto nos EUA como no Reino Unido, terem sido manipuladas com a ajuda desses dados, o Facebook está enfrentando o escrutínio de autoridades nos dois países. Em comum, ambos querem que Mark Zuckerberg, CEO e cofundador do Facebook, compareça em suas casas parlamentares para explicar o que aconteceu.