Um problema de saúde pública, levou o mundo a uma mudança tão grande nos hábitos, que nos leva a uma reflexão.
Mudamos por causa da crise, ou a crise precipitou uma mudança inevitável?
Se pensarmos que o mundo, mesmo com toda a tecnologia existente, não teria como reagir, tão rapidamente, a uma crise, oferecendo tudo o que há, em termos de alternativa, para as mais variadas necessidades, chegaremos à conclusão que a mudança já estava ocorrendo e a crise só nos mostrou que somos capazes de mergulhar mais fundo nas opções que a tecnologia oferece.
Em poucos dias ocorreu uma mudança extraordinária no mundo.
Ruas vazias, pontos turísticos desertos, cinemas, bares, restaurantes, teatros, campos de futebol, circuitos automobilísticos, salões de baile, academias de ginástica e dança, conservatórios musicais, escolas e até repartições públicas, tudo fechado.
Ficamos em casa, mas precisamos continuar vivendo.
As necessidades de alimento, materiais de higiene e limpeza e opções de laser, aumentaram. Continuamos tendo necessidade de tudo isso.
Substituímos nossos antigos hábitos por delivery de comida e supermercado, assinaturas de banda larga, Netflix, Prime, compras através de e-commerce, mudamos nossos hábitos para, dentro de casa, continuarmos a viver, atendendo às nossas necessidades e fazendo nossos gostos.
Mas continuamos precisando trabalhar.
Então recorremos, tanto as empresas, quanto os colaboradores, ao home office, o serviço de leva e traz, delivery de peças e até serviços de dentista e mecânico in home. Lava rápido que faz o serviço na casa do cliente, pet service at home, pet home care etc. De flores e corte de cabelo, tudo está sendo feito de forma diferente e dependente da tecnologia para funcionar.
Funções ganham importância enquanto outras quase desaparecem, mercados são fomentados enquanto outros perdem espaço.
Temos uma capacidade enorme de adaptação.
A pergunta é, o que vai acontecer depois que a epidemia acabar? Porque ela vai acabar.
Especialistas afirmam, aparentemente sem medo de errar, que não voltaremos mais a situação anterior.
A explicação é que, quando um movimento está sendo feito em um sentido, um fomento ou estímulo, só acelera o que já era um destino. Isso é diferente de uma situação avessa à tendência, que tem que ser adotada, temporariamente, como paliativo.
O que fica disso é que, os que estão se adaptando, de forma rudimentar, ao cenário, devem se preocupar em implementar, urgentemente, medidas definitivas para que o pós-crise seja recebido com as mudanças necessárias já consolidadas e homologadas.
Quem ficar fora do mundo digital, corre o risco de cair no esquecimento e perder a oportunidade que o momento apresentou.
Não sabemos se o mundo novo é admirável mas, certamente, é um mundo novo.